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2012 - Livro Vermelho 2013

Solanum graveolens Bunbury EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 05-03-2012

Criterio: B2ab(ii,iii,iv,v)

Avaliador: Tainan Messina

Revisor:

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Solanum graveolens é uma espécie rara e dependente de florestas bem preservadas, com AOO de 32 km². A maioria dos locais de ocorrência é severamente desmatada e, no caso dos registros do Estado do Rio de Janeiro, também altamente urbanizada. Por isso, considera-se que as subpopulações sejam pequenas e estejam isoladas umas das outras. Também é possível suspeitar que esteja ocorrendo um declínio na AOO, na extensão, na qualidade do hábitat e no número de subpopulações e indivíduos maduros.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Solanum graveolens Bunbury;

Família: Solanaceae

Sinônimos:

  • > Solanum graveolens var. bunburyi ;
  • > Solanum graveolens var. glabriusculum ;
  • > Solanum graveolens var. pentazygum ;
  • > Cyphomandra fraxinella ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Hunkiser (2001) posicionou S. graveolens junto a seção Rhynchantherum. Para Child (1983; 1990), a espécie representa claramente uma planta do gênero Cyphormandra, porém está classificação não é aceita por Bohs (1994). Seithe (1962) considerou S. graveolens como membra da seção Solanum. Apresenta flores lilases, frutos rajados de verde e amarelo (dados contidos nas coletas depositadas no RB). Ainda tem uma posição incerta dentro do gênero Solanum (Giacomin, com. pess.).

Dados populacionais

​A espécie foi considerada rara/ esparsa (Biodiversitas, 2005). Giacomin (com. pess.) afirma que pouquíssimas coleções são conhecidas desta espécie, o que remeta a uma raridade, já que ocorre em áreas com alto esforço de coleta.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estado de Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro (Stehmann et al., 2012). A espécie era conhecida apenas pelo seu material-tipo, coletado por Ducke no Estado do Rio de Janeiro (Biodiversitas, 2005; Stehmann et al., 2009), porém coletas recentes em subpopulações situadas nos Estados de Minas Gerais e Espirito Santo ampliaram de maneira significativa sua distribuição.

Ecologia

Planta arbustiva, ocorrendo em Florestas Ombrófilas Densas e Estacionais Semideciduais (Stehmann et al., 2009) associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica (Stehmann et al., 2012). A espécie é rara, e apesar dos registros disjuntos que ampliam sua distribuição, poucas coleções são conhecidas. Está associada a ambientes primários, bem preservados, em subosques de florestas ombrófilas e estacionais ou em clareiras naturais (Giacomin, com. pess.).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica é um bioma caracterizado pela alta diversidade de espécie e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana para agricultura, pastagem, extração madeireira e ocupação humana ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original. Por esse fatores, foi considerada por Mittermeier et al. (2004) um dos hotspots da biodiversidade. Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem populações isoladas de populações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível.

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no Anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008 (MMA, 2008), sendo, portanto, considerada "Deficiente de Dados" (DD).

4.4.1 Identification of new protected areas
Situação: needed
Observações: Apesar de possuir registros em Reservas Particulares (RPPN Feliciano Miguel Andala - Estação Biológica de Caratinga, MG/ RPPN Santuário do Caraça, MG), a espécie carece de unidades de conservação (SNUC) nos outros Estados em que ocorre.

Referências

- HUNKIZER, A.T. Genera Solanacearum. The genera of Solanaceae Illustrated, arranged according to a new system. A.R.G. Gantner Verlag K.G., 2001. 500 p.

- STEHMANN, J.RIN: STEHMANN, J.R. ET AL. Solanaceae. 2009.

- STEHMANN, J.R. ET AL. Solanum in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do. Jardim Botânico do. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=&genus=solanum&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1>.

- SEITHE, A. Die Haaraten der Gattung Solanum L. und ihre taxonomische Verwetung. Bot. Jahrb., v. 81, p. 261-335, 1962.

- BOHS, L. Cyphomandra (Solananceae). 1994.

- GIACOMIN, L. , 2012.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Solanum graveolens in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Solanum graveolens>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 05/03/2012 - 13:38:06